domingo, 27 de julho de 2008

Você tem medo de quê?

Saiba lidar melhor com 15 situações em que a ansiedade excessiva pode prejudicar seu desempenho

Por FERNANDA BOTTONI

Você tem medo de cometer um erro e perder o emprego? Se a sua resposta for sim, vai aí uma boa notícia: a maioria das pessoas convive com esse temor. E convive igualmente com outros receios que você também deve ter, como dizer não ao chefe, falar em público ou descumprir prazos. Diante dessas situações, é normal que seu grau de ansiedade aumente. Isso é bom. Na medida certa, a ansiedade nos faz enfrentar desafios e evoluir. Problema é quando ela foge de controle. Aí, nosso medo pode virar pânico e podemos ficar paralisados. Como afirma o psicólogo americano Robert H. Rosen, autor do livro Just Enough Anxiety, recém-lançado nos Estados Unidos, nossa relação com a ansiedade e o medo tem um profundo efeito em nossas vidas, na forma com que gerenciamos pessoas e atingimos resultados. A seguir, reunimos 15 medos bem recorrentes e dicas de consultores e especialistas para driblar cada um.

1 - Perder o emprego
Temor número 1 dos executivos, segundos os especialistas, é responsável por desencadear outros medos. Um estudo da International Stress Management Association (Isma-Brasil), realizado em 2006 com mais de 700 profissionais, apontou que para 76% deles a maior preocupação é a de ser demitido. “O trabalho virou a identidade das pessoas. É nele que elas apostam todas as fichas”, afirma Anderson Sant’ana, professor doutor e pesquisador da Fundação Dom Cabral (FDC), de Belo Horizonte.
COMO LIDAR MELHOR: É preciso investir continuamente em empregabilidade e desenvolvimento. “Os medos de perder o emprego ou de não atingir metas são naturais. Profissionais bem-sucedidos, no entanto, estão sempre se superando. Eles usam essa ansiedade como catalisador para tentar resolver um problema, melhorar seu desempenho ou aumentar sua energia”, diz Robert H. Rosen.

2 - Delegar tarefas
Na profissão, quem não sabe delegar tarefas acaba empacado numa única função. “Há quem prefira controlar totalmente uma área de 10 pessoas a controlar parcialmente uma área de 10 000”, diz o professor Anderson.
COMO LIDAR MELHOR: Atividades de coaching, planejamento de carreira e feedback podem ajudar a desenvolver competências para assumir funções mais gerenciais. Para minimizar a insegurança, vale buscar autoconhecimento, saber se você quer realmente assumir uma gerência ou diretoria, ou, por exemplo, se prefere permanecer em um cargo operacional.

3- Não saber tudo
Uma pesquisa da consultoria International Data Corporation (IDC), especializada em tecnologia, aponta que as informações digitais que foram criadas e replicadas no mundo no ano passado atingiram o volume de 281 exabytes, ou 281 bilhões de gigabytes. Não é à toa que o receio de não estar por dentro de tudo e não dominar a avalanche diária de notícias gera uma compulsão por leitura de jornais, revistas, internet etc.
COMO LIDAR MELHOR: Tenha foco, busque informações que sejam realmente relevantes e não tente acompanhar tudo o que acontece no mundo o tempo todo. “Lembre-se de que saber tudo é humanamente impossível”, diz o consultor Jair Moggi, da Adigo, de São Paulo.

4- Arriscar
Jack Welch já dizia que contrata executivos audaciosos e admite executivos medrosos. Quem lembra é Eliana Dutra, especialista em coaching, do Rio de Janeiro. Segundo ela, quanto mais um profissional cresce, mais medo ele tem de perder o que conquistou. “Ele é audacioso na entrevista, mas depois de contratado se torna temeroso”, diz. O medo de ousar pode fazer com que você perca oportunidades. “Você não é promovido porque faz tudo igual a todo mundo, mas porque consegue mais do que os outros”, diz Eliana.
COMO LIDAR MELHOR: O medo de arriscar é natural, às vezes até inevitável. Nem por isso ele deve ser paralisante. “Se não há como evitar, o jeito é fazer com medo mesmo” diz Eliana.

5 - Do que vão pensar de você
O fantasma da imagem que os outros podem fazer das pessoas assola profi ssionais de todos os níveis. “É um problema que emperra o desenvolvimento de quem passa todo o tempo dependendo do que os outros vão pensar”, afi rma Eliana. Esse medo impede, por exemplo, que uma pessoa faça um elogio ao chefe, para não parecer bajulador.
COMO LIDAR MELHOR: Como é impossível controlar os pensamentos alheios, é preciso criar um “filtro de opinião” para não depender do que os outros pensam o tempo todo. “Eu tenho um lema que uso sempre: durmo com a minha consciência, não com a minha imagem”, diz Eliana.

6- Tomar uma decisão
Um executivo passa a maior parte do seu tempo fazendo escolhas, e delas depende o sucesso ou o fracasso de seus negócios. Quem tem medo de decidir pode passar a vida postergando ou delegando também a ascensão na carreira.
COMO LIDAR MELHOR: Para começar, esclareça qual problema deve ser resolvido e qual objetivo deve ser alcançado. Coloque na balança as alternativas viáveis e respeite o limite de tempo que você dispõe para tomar a decisão. Uma boa decisão tomada fora de hora vale zero.

7- Não ser bom o bastante
Trata-se de um temor que afeta tanto o lado profissional quanto pessoal. É o receio de não ser um bom profissional, um bom pai ou uma boa mãe. É comum que, de vez em quando, surjam questionamentos do tipo “será que estou me dedicando pouco à família por causa do trabalho?” ou “será que mereço realmente o salário que ganho?”.
COMO LIDAR MELHOR: Tentar equilibrar vida profissional e pessoal pode aliviar essa carga. Se você vive sob pressão, tente encontrar uma forma de relaxar, pode ser desde uma caminhada, uma atividade com filhos, até psicoterapia.

8 - Dizer não
Muitos profissionais sofrem para negar alguma coisa ao chefe ou ao colega. A conseqüência é acabar sobrecarregado de trabalho, o que, uma hora ou outra, pode comprometer a qualidade do que você entrega.
COMO LIDAR MELHOR: Aprenda a negociar prazos e tarefas, para dar o melhor de si o que fizer. Aprenda também a pedir ajuda a tempo de resolver o problema. Se você não falar, como vão saber que você não está dando conta?

9 - Pensar antes de responder
O psiquiatra Geraldo Possendoro, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), afirma que essa é uma questão problemática para grande parte dos executivos que ele atende em seu consultório. “As pessoas acham que pega mal pedir 50 segundos antes de responder a um questionamento específico da sua área, respondem sem pensar e se arrependem depois”, diz Geraldo Possendoro.
COMO LIDAR MELHOR: O conselho do psiquiatra é buscar maturidade para entender que, em muitos casos, é preciso analisar uma questão com calma e evitar respostas superficiais. “As pessoas precisam parar de achar que são obrigadas a responder tudo de bate-pronto”, diz. O mesmo conselho vale para quem espera a resposta. Tomando alguns segundos para pensar, é possível analisar a situação, oferecer respostas mais consistentes e minimizar as chances de se arrepender do que disse logo em seguida.

10 - Discordar
Quando uma pessoa não concorda com outra é comum que tenha receio de expor seu ponto de vista. Principalmente se estiver numa situação hierarquicamente inferior. O risco, quando o especialista no assunto é você, é deixar, por exemplo, que um projeto visivelmente fadado ao fracasso seja iniciado.
COMO LIDAR MELHOR: Tente dizer o que pensa de forma firme e educada, deixando claro que sua discordância é uma proposta e não uma decisão. Se possível, coloque o tema para reflexão.

11 - Tirar férias
Irmão do medo de não participar de alguma coisa importante, esse receio pode levar muitos profissionais a trabalhar ininterruptamente por anos. “O medo é de ser excluído ou prejudicado por não estar presente”, diz a consultora paulistana Renata Di Nizo, autora de A Educação do Querer (Editora Ágora).
COMO LIDAR MELHOR: Escolha um bom momento para as férias, combine com equipe e superior, deixe tudo engatilhado e recarregue a bateria.

12- Novo par ou novo chefe
O novo causa estranhamento e insegurança, naturalmente. Quando um novo superior assume uma equipe, é natural que ela se sinta insegura. No entanto, não é recomendável resistir a uma boa sugestão, seja do novo chefe, seja de um novo colega, só por medo de que ele interfira na sua área ou tenha mais destaque do que você.
COMO LIDAR MELHOR: É preciso controlar a insegurança para se abrir às novidades. Peça feedback e leve-o em consideração.

13- Não ser feliz
Muita gente ainda acredita que as pessoas têm de ser felizes e realizadas o tempo todo. É o mito da excelência nas organizações.
COMO LIDAR MELHOR: “Há uma competição muito grande nas organizações que torna os laços de confiança mais raros. No entanto, é importante conversar sobre suas inseguranças, suas dúvidas”, recomenda o professor Anderson, da FDC. Vale a pena procurar um colega de confiança ou, se preciso, um coach profissional.

14 - Descobrir uma doença
Falar sobre a saúde com os executivos fi ca mais complicado quando eles passam dos 40 anos, diz a consultora Renata. “Eles têm, por exemplo, medo de descobrir um câncer.” Pesquisa realizada neste ano pelo Núcleo Avançado de Urologia do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, mostrou que, apesar de 93% dos executivos brasileiros considerarem muito importante a realização de exames preventivos para o câncer da próstata, só 52% fazem exames periódicos para a detecção da doença.
COMO LIDAR MELHOR: Marque os exames e tente encará-los como um cuidado preventivo de saúde.

15- Aposentadoria
A mania do brasileiro de deixar tudo para a última hora faz com que ele só pense no momento de parar de trabalhar quando já está parando.
COMO LIDAR MELHOR: “Use o vigor que tem enquanto está trabalhando para saber como quer envelhecer”, diz Renata. Se deixar para a véspera, pode ser tarde demais.

Acessado em http://vocesa.abril.com.br/edicoes/120/fechado/informado/mt_282139.shtml em 27/07/2008.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

O que responder quando o selecionador perguntar: por que devo contratá-lo?

"Por que eu deveria contratá-lo?". Esta é uma pergunta simples, que deveria estar na ponta da língua de muitos candidatos a uma vaga de emprego, mas que, ao contrário disso, acaba por eliminá-los.

De acordo com a consultora de RH da Catho Online, Gláucia Santos, quando o selecionar faz esta pergunta, é chegado o momento de o profissional se vender. "Ele deve mostrar conhecimento e suas qualidades", afirmou.

Por que eu deveria contratá-lo? "Responda: porque já tenho experiência na área, formação suficiente para ocupá-la, sou criativo e posso ajudar com a vivência que possuo. Foque no conhecimento teórico e prático". Agora, quando for citar uma característica pessoal, a embase com exemplos, o que significa falar de experiências para comprová-la. Caso contrário, o discurso fica vazio.

E quando não há experiência?
No caso de um estagiário, por exemplo, fica difícil falar de experiências passadas, uma vez que esta pode ser a primeira oportunidade de emprego da vida do jovem profissional. Por isso, foque em seus conhecimentos e características típicos de um estudante.

Por que devo contratá-lo? "Diga: porque tenho criatividade e posso trazer coisas novas para a empresa; tenho interesse em aprender, adquirir conhecimento; e contribuir para a empresa", explicou Gláucia.

O que não falar

Sempre selecione suas características de acordo com o que a vaga precisa, para não se perder em seu discurso. "Precisa ser direto", ressaltou a consultora.

Questionada sobre o que uma pessoa não deve dizer, de maneira alguma, a consultora citou uma dificuldade financeira ou um problema pessoal.

Pergunta é um bom sinal

Quando faz este tipo de pergunta, Gláucia explicou que o selecionar tem como objetivo analisar como o profissional se vende, se enxerga e como coloca para os outros as suas qualidades. "Ele quer saber se a pessoa tem persuasão, como se qualifica e se tem desenvoltura". Se a pessoa se mostrar receosa, pode ser eliminada.

Isso porque, de acordo com a consultora, a pergunta, muitas vezes, é usada como critério de desempate e, por isso, o profissional deve saber qual o seu diferencial. "Se o selecionador faz a entrevista e vê que a pessoa não atingiu os requisitos, dificilmente esta pergunta será feita. Ela é xeque mate. Aparece para quem teve um bom desempenho. É um bom sinal", finalizou.

terça-feira, 22 de julho de 2008

O Poder da Disciplina

Vários autores indicam insistentemente a inovação como fator imprescindível para o crescimento consistente, por isso, espero que já esteja claro para o universo empresarial que os grandes sucumbirão aos mais ágeis; que as inovações radicais continuam ocorrendo na maioria dos mercados, produtos ou serviços; que as freqüentes alterações no ambiente de negócio exigem maior resiliência nos modos de pensar e agir de toda organização.

Deixemos de lado o poder de improviso, pois ele serve para salvar uma situação perdida, aquela na qual se aceita um resultado próximo ao projetado. Refiro-me à criatividade no desenvolvimento de um produto, serviço ou modelo diferenciado de oferta de ambos e que tenha valor agregado.

Então, o que falta para o sucesso empresarial? Criatividade? Não creio! Especialmente para nós, brasileiros, que nos intitulamos "povo criativo". Devemos ter é mais disciplina na implantação ou execução do planejado.

Todos nós já passamos por isso: quantas idéias de projetos pessoais já tivemos? Iniciar uma atividade física, dietas, leituras, interromper vícios nocivos à saúde, entre outros. Chegamos até a marcar datas de início, bons planejadores que somos. Quantos desses conseguimos implantar com sucesso? Isso ocorre também nas organizações. Então, qual a solução desse impasse? Parar de ter idéias fantásticas? Não acredito, pois seria inibir a evolução!

Convido-os a buscar a fórmula com nossos ídolos. Treinadores de futebol, vôlei e atletas em geral, que obtêm sucesso – todos eles têm em comum não apenas idéias fantásticas, mas a capacidade e o foco para executá-las.

Disciplina é um bom tempero! Com disciplina, mesmo que você esteja trabalhando uma idéia razoável, terá a resposta clara dos resultados a serem obtidos. Assim, poderá achar melhores alternativas para redirecionar as ações e alcançar o resultado planejado. Falo em rever as táticas para atingir os resultados do planejamento estratégico. Sem disciplina você nunca encontrará o valor da sua idéia. Seria ela realmente boa?

Disciplina é questão de dedicação, é o fator-chave de sucesso para qualquer idéia que se imagine. Traçar um bom plano sem disciplina na execução é passatempo! Não traz o resultado esperado. É frustrante para toda a organização! Em resumo, como vários estrategistas de renome internacional já disseram: "não importa que você tenha poucas idéias, mas na hora de executá-las, implemente-as com disciplina".

Por Flavio Ricardo Rodrigues
Consultor e executivo de contas da New Age Software (www.newage-software.com.br) e professor do MBA de Marketing na Fundação Getúlio Vargas. Mestrando em Processos Industriais pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT/USP, formado em MBA em Marketing pela ESPM, pós-graduado em Economia pela PUC, engenheiro industrial, bacharel e licenciado em Química. (e-mail: linkflavio@linkportal.com.br)

Acessado em http://www.administradores.com.br/noticias/o_poder_da_disciplina/15998/ em 22/07/2008

domingo, 20 de julho de 2008

Feliz dia do amigo!!!

Olá galera, FELIZ DIA DO AMIGO para todos vocês, que são a razão da existência do nosso blog. Hoje pela manhã, quando recebi um e-mail de minha amiga Elíude me dando felicitações por este dia, me bateu a curiosidade de como surgiu essa data. Em uma pequena pesquisa na net descobri o seguinte:



O dia do amigo foi adotado em Buenos Aires, Argentina, com o Decreto nº 235/79, sendo que foi gradualmente adotado em outras partes do mundo. Foi criada pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro. Ele se inspirou na chegada do homem à lua, em 20 de julho de 1969, considerando a conquista não somente uma vitória científica, como também uma oportunidade de se fazer amigos em outras partes do universo. Assim, durante um ano, o argentino divulgou o lema "meu amigo é meu mestre, meu discípulo e meu companheiro".

No Brasil, o dia 20 de Julho também foi adotado como sendo o dia do Amigo.

Aos poucos a data foi sendo adotada em outros países e hoje, em quase todo o mundo, o dia 20 de julho é o Dia do Amigo , é quando as pessoas trocam presentes, se abraçam e declaram sua amizade umas as outras, na teoria.

Dia da amizade: Em outros países, tais com Estados Unidos, comemora-se, no primeiro dia de agosto, o Dia Internacional da Amizade.

Fonte: Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_do_amigo).

Obrigado pela amizade todos e até a próxima!!!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Glosas Lineares – Um ótimo negócio para os convênios médicos.

Vamos supor que um determinado convênio tem uma fatura proposta de pagamento de R$ 1.000.000,00 por mês e resolve ter uma glosa linear de 10% (R$ 100.000,00) neste período. Vamos imaginar ainda que esse valor só será pago com 90 dias após a origem da glosa. Imaginando que essa glosa ocorreu em Janeiro, então o seu pagamento hipotético será no início de Abril. Se esse convênio aplicar esse valor total da glosa linear no mercado financeiro a rendimentos de 3% ao mês, terá neste período, um pouco mais que R$ 9.000,00. Se esse mesmo convênio fizer as mesmas coisas nos demais meses do ano, só com as glosas de Janeiro a marco, o convênio irá receber de rendimento financeiros de R$ 18.000,00 em Abril.

Para facilitar o nosso entendimento didático e não precisar recorrer aos fundamento dos cálculos da matemática financeira, vou avisar que em um ano de glosas lineares, este convênio terá um rendimento financeiro de R$ 74.208,96. O que perfaz um rendimento efetivo com as glosas de R$ 6.184,08 por mês. Ou seja: para cada R$ 100.000,00 glosado e só pago em 90 dias, o convênio fatura todo dia R$ 206,81 de rendimentos financeiros. Quase um salário mínimo a cada dois dias.

Para melhor compreender o exposto, vale dizer que em Janeiro, o investimento deste exemplo, foi de R$100.000,00; em Fevereiro foi de R$ 200.000,00 (100 mil de Janeiro mais 100 mil de Fevereiro) e Março foi de R$ 300.000.00 (100 mil de Janeiro, mais 100 mil de Fevereiro e mais 100 mil de Março). Em Abril, o valor total do investido é deduzido de R$ 100.000,00 para pagar as glosas de Janeiro.

Nota-se que em qualquer hipótese, a glosa linear é um ótimo negócio para os convênios médicos e um péssimo negócio para hospitais, clínicas e consultórios médicos.

Para azedar de vez o meu comentário e colocar mais fogo nos ânimos dos meus clientes, eu ainda disse que se esse mesmo convênio não pagasse nenhuma glosa linear durante 12 meses, ele teria um faturamento extra anual de R$ 1.200.000,00 somados a R$ 234.000,00 de rendimentos de aplicações financeiras(3%). Isso perfaz uma renda média mensal de R$ 119,500,00 e ganhos de R$ 3.983,00 por dia. Note que dando o calote em seus ‘parceiros’ os convênios médicos nesta categoria conseguem transformar R$ 100.000,00 de glosas lineares em R$ 119.000,00 em média mensal de valores acumulados e corrigidos pela aplicação sem retiradas.

A priori, esses números hipotéticos podem servir somente como elementos de uma confusão mental para os poucos acostumados aos números e as projeções financeiras. Contudo, eles são tristes realidades no dia-a-dia de muitas empresas prestadores de serviços para convênios médicos. Essas empresas perdem parte significativas dos seus faturamentos mensais, enquanto os seus ‘parceiros de lucros’ se deleitam com essa prática pouco digna de ser chamada de comercial.

Façamos uma reflexão inversa e nos questionemos: se fosse donos destes convênios médicos adeptos das glosas lineares, nós iríamos acabar com essa prática lucrativa?

Obviamente que não. Pois mesmo na hipótese de receberem avisos e cobranças judiciais solicitando a não prática de glosas lineares, os convênios tem dinheiro para pagar ótimos advogados só com os valores obtidos nos rendimentos financeiros do períodos em que se tramitam as ações judiciais. Em suma, fazer glosas lineares no Brasil e melhor do que abrir igrejas evangélicas.
Por último, é bom que se diga que se as empresas prestadores de serviços para convênios médicos não tomarem uma ação mais enérgica quanto ao assunto, por certo muitas falirão por ter colaborado sem querer através das suas glosas lineares, para as construções de tantos patrimónios que possuem os grandes convênios médicos.

Agora, para arrematar de vez o meu azedume, eu pergunto: Você acha que os hospitais dos convênios têm glosas? Por que será que eles oferecem e realizam os mesmos procedimentos e serviços médicos dos demais prestadores de serviços e não tem glosas?

Vou fazer como fez um dos meus clientes iniciais desta minha explanação:

- Basta!! Por hoje basta!! Se não eu não aquento e enfarto agora!

O atendi prontamente pois entendi que até mesmo os médicos, tem, de vez em quando, dores de cabeça provocadas pelas tristes e incompreensíveis verdades.

Ate Breve e um forte abraço,

Roberto Carlos Rodrigues
Analista de Negócios e Informações.

Acessado em http://www.via6.com/topico.php?tid=184981 em 15/07/2008.

sábado, 12 de julho de 2008

Novidades Faculdade dos Guararapes

Olá galera, como estão?

Tenho novidades sobre a Faculdade dos Guararapes. Para novas matrículas de alunos no curso de Bacharelado em Administração para 2008.2, receberão gratuitamente os cursos de gestão portuária e gestão de petróleo e gás. É uma grande oportunidade para os futuros profissionais, diante dos maciços investimentos que estão sendo feitos em nosso Estado, tendo em vista a falta de pessoas com essa qualificação no mercado.

Outra novidade será o oferecimento do curso de Administração pelo turno da manhã. que custará R$ 335,00 até a data do vecimento. O curso de Administração pela manhã pode ser uma oportunidade para aqueles que precisam pagar cadeiras dos primeiros períodos e não querem atrasar o curso.

Para saber mais detalhes sobre o que foi dito acesse o site da Faculdade dos Guararapes e venha estudar conosco!

Até a próxima!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

A complexidade da gestão financeira

Em momentos de reflexão, somos obrigados a concluir que a gestão financeira de hospitais privados é altamente complexa e, por vezes, caótica. Façamos uma análise rápida das seguintes questões:

Tabela de preços de honorários médicos e serviços de diagnóstico e tratamento.
É assunto para colecionador. Os hospitais trabalham com as tabelas da AMB de 1990, 1992 e a LPM. Além dessas, existem também as tabelas das operadoras de planos de saúde, tais como Bradesco, Cassi, Ciefas/AMB, dentre outras, em CH e em real.

Para complicar um pouco mais a situação, a moeda ainda utilizada em muitas relações comerciais entre ope-radoras de planos de saúde e prestadores de serviços de saúde, o coeficiente de honorários, ou melhor, o CH, varia de R$ 0,14; 0,18; 0,20; 0,22; 0,23; 0,24; 0,25; 0,26; 0,27; 0,28 e 0,30. Multiplique então cada tabela de preços com o valor específico de CH e teremos algumas dezenas de tabelas que servirão de referência para o cadastramento dos clientes na recepção até a cobrança e controle por parte do Faturamento e do Contas a Receber.

Além de toda essa riqueza de dados e informações, sofremos um congelamento global compulsório e sem qualquer perspectiva de recomposição das perdas inflacionárias, apesar do au-mento do dólar e da própria inflação nacional medida pelo IGP-M, IPC, dentre outros índices. Imaginem, en-tão, como os laboratórios de Patologia Clínica e Anatomia Patológica estão sofrendo com os custos dos kits em dólar.

Tabela de preços de diárias e taxas

Na sua esmagadora maioria não remuneram os custos diretos e indiretos, fixos e variáveis dos hospitais. Foram estruturadas há tempos atrás e sempre copiadas com base no conceito de preço médio de mercado. Sistema de apuração e controle de custos: esqueça, pura ilusão, os valores são estabelecidos empiricamente, principalmente os que remuneram os equi-pamentos médicos.

Glosas

Não há padrão, nem sequer uniformidade e, às vezes, nem lógica. É claro que deve existir o controle. O mais inteligente seria criar uma padronização com base em protocolos médicos e desenvolver a auditoria mé-dica preventiva e da qualidade, ao in-vés da auditoria de papéis pós-fato.

Cada operadora de plano de saúde, que pratica determinadas tabelas de preços, com determinados CH, estabelece o que deve ou não glosar. Mais uma vez as áreas de Faturamento, Contas Médicas e Contas a Receber, necessitam de mais especialização para entender, o que é quase impossível, e para se adequar a mais esses critérios operacionais, sem qualquer alusão à vida útil, à obsolescência, ou a qualquer outro aspecto técnico de formação de preços. Não existe estímulo à atualização tecnológica e não são poucas as empresas que estão devolvendo tomógrafos, ressonâncias e ultrasons, por total incapacidade de pagamento do financiamento.

Atrasos e inadimplência

Chegamos então à difícil tarefa de gestão do fluxo de caixa. Os hospitais não cobram por boleto bancário como faz o resto do mundo, não cobram multa, nem mora, nem juros, pelos atrasos. Recebem com 30 ou 60 dias, usualmente. Em alguns casos esse prazo situa-se entre 75 a 90 dias da da-ta da prestação dos serviços, apesar das obrigações serem, em sua maioria, vencíveis com 30 dias. Milagre é a pa-lavra mais adequada à gestão do fluxo de caixa de um hospital.

Conciliação bancária

Chegamos então ao jogo de quebra-cabeça. O que será que a operadora de planos de saúde pagou? Qual foi a con-ta? O que ela pagou ou não pagou da referida conta? Quando irá pagar o resto da fatura? Foi glosa? Foi glosa linear? Dentre outras inúmeras indagações e dúvidas que tiram o sono do gestor financeiro, principalmente na hora de pagar os salários, impostos, energia elétrica, água, telefone, fornecedores, dentre outras obrigações que não aceitam glosas, cobram através dos bancos, com multa, juros e mora por atrasos e em alguns casos com pro-testo após cinco dias sem pagamento.Incrivelmente desequilibrada essa relação comercial.

Bom, e a conciliação bancária? Esqueça! Como a maioria dos hospitais só investem em sistemas de front office e não possuem sistemas de ERP, ou back office, dificilmente haverá conciliação bancária, reapresentação de glosas ou qualquer controle financeiro básico, de forma correta e ajustada.

Apesar de todos estes fatores críticos devemos sempre ter uma postura oti-mista e buscar, permanentemente, o equilíbrio do sistema de saúde privado e da relação entre operadora de planos de saúde e prestadores de serviços de saúde.

Quais os caminhos para organizar esta situação?
  • A completa profissionalização da gestão, investindo em pessoas qualificadas, em sistemas integrados de informações, em equipamentos e no processo educativo contínuo.
  • Estar atento e perceber com muita clareza a relação demanda e oferta do mercado de saúde, que não é elástica. Investir no setor saúde sem pesquisa de mercado e sem estudo de viabilidade econômico financeira é por demais arriscado.
  • Estabelecer diálogo maduro com as operadoras de planos de saúde, dentro do conceito ganha-ganha, único caminho para a sobrevivência do sistema privado de saúde e, conseqüentemente, de seus integrantes. Não existe um único culpado, pois todos os agentes possuem sua parcela de culpa. Não existe solução para apenas uma parte, pois a solução é conjunta. O caminho é a prestação de serviços de qualidade, adequados e necessários, com custos competitivos e compatíveis com a nossa realidade.
Estamos todos interligados em um único sistema de saúde: operadoras, prestadores, usuários e governo, e o único caminho para garantirmos uma assistência digna para a população brasileira é a integração e complementaridade entre esses agentes.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Matéria - Diga não

Oito em cada dez profissionais têm receio de dizer não ao chefe ou a colegas de trabalho. Aprenda a recusar tarefas sem comprometer sua imagem.
Por RENATA AVEDIANI

Para manter a produtividade em alta, é fundamental aprender a dizer não. Quem é incapaz de recusar uma tarefa perde foco, centraliza decisões e acumula trabalho. E sofre por causa disso. “Ao dizer não, as pessoas temem gerar frustração nos outros”, diz Liamar Fernandes, consultora da BSP Career. Uma pesquisa do portal Você com Mais Tempo — uma parceria de você s/a com a consultoria Tríade do Tempo, especializada em gestão de tempo e produtividade — revela que oito em cada dez pessoas têm difi culdade para negar um pedido. Para 56%, o maior problema é dizer não ao chefe. O desafi o é como recusar tarefas com assertividade, sem prejudicar sua imagem profissional. “Ser assertivo é conseguir equilibrar suas prioridades com a dos outros”, diz a consultora de carreira Maria de Fátima Ohl Braga. A seguir, listamos sete situações do cotidiano corporativo que costumam causar estresse e mostramos maneiras de dizer não a elas sem queimar seu filme com chefes e colegas.

COMO DIZER NÃO QUANDO...

1. Você trabalha em um projeto há meses e na véspera da entrega seu chefe lhe dá uma tarefa urgente. Tocar as duas atividades é impossível, mas você acha que dizer não para o chefe equivale a um pedido de demissão.
Solução: Assuma que não dá conta do recado e explique o porquê. “Se o chefe insistir, peça para ele avaliar suas responsabilidades e estabeleça novas prioridades”, diz Christian Barbosa, diretor da Tríade do Tempo.

2. Você recebe um trabalho de má qualidade e, para não criar atritos com a equipe, prefere refazer tudo por conta própria.
Solução: Assumir tarefas dos outros prejudica sua produtividade e não contribui para o desenvolvimento de quem trabalha com você. “Para não devolver um relatório ruim à minha equipe, tive de trabalhar à noite, após o expediente”, diz Rodrigo Domingues, de 28 anos, gerente de negócios da Primesys, empresa do grupo Embratel. “Deveria ter recusado o documento.” O ideal é pedir que o trabalho seja refeito, mostrar os pontos fracos e se colocar à disposição para ajudar.

3. Você recebe a ordem de fazer algo que fere seus princípios éticos e morais.
Solução: Aceitar um pedido desses costuma gerar angústia e culpa. A melhor saída é a prevenção. No dia-a-dia, exponha com clareza os valores em que acredita. Assim, as pessoas saberão antecipadamente que tarefas você se recusará a cumprir por questões éticas — e, se for o caso, buscarão outro nome para realizá-las.

4. Você recebe uma tarefa para a qual não se sente preparado.
Solução: Você não será tachado de incompetente por admitir, ocasionalmente, que está despreparado. Quando estiver nessa situação, converse com seu chefe sobre sua limitação. Isso desapontará seu superior? Talvez. Mas, provavelmente, um trabalho ruim desapontará mais. “Por falta de familiaridade com a função, levei uma semana para entregar um projeto que poderia ser resolvido em três dias”, conta Alexandre Gromzynski, de 32 anos, gerente de projetos da empresa de tecnologia CTIS.

5. Você é convocado para uma reunião que acontecerá na mesma hora de outro compromisso já agendado.
Solução: Há casos em que o único jeito é remarcar. Se não for possível, tente negociar uma permanência menor em cada um dos compromissos. Há alguns meses, Rodrigo, da Primesys, estava de saída para um evento quando foi convocado para uma reunião. Checou a pauta, para avaliar a importância de sua presença. “Mostrei ao meu chefe que a reunião não seria proveitosa naquele momento”, diz. Não é preciso largar tudo cada vez que for convocado pelo chefe. “Não há nada de mal em negociar a agenda, desde que haja boas razões para isso”, diz Christian, da Tríade do Tempo.

6. Você é convidado para assumir um cargo pelo qual não se interessa.
Solução: Aceitar uma proposta que contraria seus objetivos profissionais só trará prejuízos — para você e para a organização. Agradeça o convite e explique que a oferta não está alinhada ao seu plano de desenvolvimento. Mas esteja preparado para a frustração de quem o recomendou. Paulo Roberto Oliveira Martins, de 42 anos, gerente de operações da fornecedora de software Datasul, perdeu a confiança de um antigo chefe quando se recusou a assumir uma função que não lhe interessava. Seu chefe lhe deu duas opções de promoção e deixou clara sua preferência. Paulo ficou com a outra. Decepcionei aquele chefe, mas a escolha permitiu que eu pudesse evoluir da forma que achava mais certa”, diz.

7. Um cliente pede que você realize uma tarefa que não está prevista no contrato que ele tem com sua empresa.
Solução: Mostre o contrato para o cliente e procure alertar para os riscos que você e a empresa estão correndo ao desrespeitar o acordo. “Tente negociar uma solução que agrade a todos”, diz Christian, da Tríade do Tempo. Se não der, fique com o que diz o contrato, sem se importar com a reação do cliente.

Acessado em http://vocesa.abril.com.br/edicoes/0119/fechado/evolucao/mt_278181.shtml em 01/07/2008.