segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Ernst & Young abre vagas para programa de trainee

Jovens recém-formados ou que estejam cursando o último ano dos cursos de ciências contábeis, administração de empresas ou economia podem concorrer a uma das 10 vagas do programa de trainee da Ernst & Young Brasil. São vagas para auditores júniors. Para se inscrever, basta entrar no site da empresa e preencher currículo. As inscrições podem ser feitas até o dia 29 de fevereiro.
Entre os pré-requisitos exigidos pela empresa estão conhecimentos em inglês e informática, além de capacidades de liderança, trabalho em equipe e ética profissional. Os aprovados começam o treinamento no dia 18 de abril e o contrato tem duração de um ano e seis meses. Após este período, o candidato pode ser ou não efetivado.
Os treinees terão direito a salário mensal, vale-transporte, vale-refeição, assistência médica e seguro de vida. “Além disso, damos a oportunidade ao treinee de entrar no mercado de negócios internacionais através de nossos programas de intercâmbio”, explicou a diretora de recursos humanos da Ernest & Young, Leda Machado.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Conheça os 10 erros imperdoáveis cometidos num estágio

Especialistas dizem o que pode colocar tudo a perder.

Por Lilian Burgardt
Um estágio pode significar a primeira etapa para o seu objetivo de carreira ou tornar-se uma experiência desastrosa. Depende de como você está preparado para lidar com o novo ambiente de trabalho e os colegas com quem irá dividir espaço. É normal estar inseguro sobre como se portar. Afinal, você ainda é jovem e inexperiente. Não deixe, porém, que a imaturidade tome espaço no seu dia-a-dia e comprometa seu desempenho profissional. Para ajudar você a se dar bem no estágio e evitar os erros que põem em risco seu aprendizado e até uma possível chance de efetivação, o Universia conversou com especialistas no tema para contar quais os 10 maiores erros no estágio.

Acomodar-se
"O estudante precisa entender que o estágio serve para ele aprender e o fato de estar nesta posição significa que ele deve demonstrar interesse por novos conhecimentos. Tem muito estudante que entra na empresa e pensa: "legal, agora que passei na seleção vou relaxar." Por causa disso, assume uma postura mais passiva do que deveria. O estudante não pode ser acomodado a ponto de achar que a empresa vai adivinhar as necessidades e as dificuldades dele. Se tem dúvida, pergunte, se não entendeu, esclareça. Uma postura passiva pode ser encarada como má-vontade e falta de iniciativa. Para quem pretende evoluir ou mesmo disputar uma efetivação, estará longe de alcançar seus objetivos."
Jô Furlan - especialista comportamental

Entrar de "salto alto"
"O primeiro ponto para quem ingressa no mercado de trabalho é entender que está na condição de aprendiz. Portanto, não cabe agir como se já fosse empregado há muito tempo e questionar paradigmas ou tratar as diretrizes da empresa como se estivessem obsoletas. O estagiário deve ouvir mais do que falar. Com o tempo e com mais experiência profissional é que irá adquirir a maturidade necessária para opinar e contestar determinados pontos de vista. Tem muito rebelde sem causa que traz isso para o ambiente de trabalho. O estagiário que reclama de todas as tarefas, não se enturma e ainda por cima é resistente às políticas da empresa tem menos chance de ser bem-sucedido em relação ao candidato que é humilde, gentil e cortês".
Reinaldo Passadori - especialista em Recursos Humanos e Comunicação Verbal

Abusar de linguagem vulgar
"Em casa ou com os amigos até cabe o uso de gírias ou expressões menos elaboradas, comuns ao dialeto da juventude. No ambiente de trabalho a coisa já muda de figura. A comunicação deve ser uma preocupação constante do jovem. É pela maneira com a qual ele se comunica que suas mensagens serão recebidas e decodificadas pelo outro. Por isso, é fundamental evitar gírias e palavras que denotem baixo nível intelectual. Além do jovem ser 'percebido' de uma maneira imatura por causa da maneira como fala, uma linguagem vulgar deve ser evitada, sobretudo, porque é nesta fase que ele deve se preocupar em evoluir. O estudante tem de ler muito para ampliar seu vocabulário e ter uma pronúncia melhor. Uma comunicação eficaz poderá demonstrar seu talento, potencial e suas habilidades."
Reinaldo Passadori - especialista em Recursos Humanos e Comunicação Verbal

Prender-se ao estágio pela bolsa-auxílio
"Tem muito estudante que se preocupa mais com o quanto ganha do que com aquilo que realmente aprende no estágio. Sei que a condição do jovem brasileiro não é fácil e muito aluno depende do dinheiro para pagar os estudos. O estágio, porém, é a fase em que ele está livre para errar, fazer testes, se desiludir. É nessa hora que ele deve priorizar seu aprendizado. O valor da bolsa-auxílio, neste caso, pode ser até um revés. Se um estudante tem um bom salário para a condição de estagiário, mas desenvolve atividades pouco desafiadoras e, por vezes, até desestimulantes, ele compromete seu futuro. O jovem precisa evoluir. Ficar no estágio por causa do salário o transforma em um trabalhador braçal e não em um estudante que tem um futuro pela frente. O mercado de trabalho, por sua vez, é muito cruel nesse sentido. Se você passou pelo estágio e se prendeu aquele que pagava mais, mas que não te ensinou muito, certamente você sofrerá conseqüências no futuro".
Maria Ester Pires da Cruz - consultora do Ibmec Carreiras do Ibmec São Paulo

Adotar postura inflexível
"Uma competência fundamental que o estagiário dever ter é flexibilidade para mudanças. Atualmente, as empresas são muito dinâmicas, logo, as prioridades de trabalho mudam rápido demais e o estagiário pode não acompanhar ou até mesmo não entender. É interessante que ele tenha essa competência, pois assim, evita-se que ele fique frustrado em algumas situações ou tenha a impressão de que nunca consegue terminar suas atividades ou projetos. Uma sugestão para o estagiário é conversar sempre com seu tutor/gestor e procurar entender o que acontece no momento e quais são as prioridades de trabalho."
Felícia Duarte - gerente de projetos da Cia de Talentos

Ser individualista
"Procure desenvolver suas atividades de bem com a vida e com seus colegas dentro da empresa. Isso significa que você deve ser pró-ativo, deve estar sintonizado com o mercado, precisa ser curioso e sempre trazer outras idéias para o grupo. Entenda que no ambiente de estágio (ou de trabalho) todas as funções são importantes, portanto, valorize as suas atividades e a de seus colegas. Procure agregar e, se possível, tenha envolvimento com projetos de outras áreas. Lembre-se: sozinho ninguém muda nada."
Rossano Lippi - diretor da Central de Estágios Gelre

Deixar o trabalho para depois
"O estágio é o momento em que o estudante deve trabalhar em tempo real, quer dizer, não deixar para depois o que ele pode fazer hoje. Em geral, somos avaliados sobre aquilo que produzimos. Se produzirmos rápido (e com qualidade) isso pode ser um ponto a favor em relação aos demais estagiários na hora da empresa optar entre um e outro para fazer parte de um novo projeto ou até mesmo na hora de decidir quem será efetivado."
Suzy Fleury - Psicóloga e consultora empresarial

Ter vergonha de perguntar
"Não tenha vergonha de perguntar o que não sabe. É muito importante exercitar a curiosidade mesmo que se trate de assuntos que não estejam diretamente ligados à sua área de atuação. Lembre-se que o estágio é uma oportunidade não só de demonstrar as suas competências, mas também de adquirir novos conhecimentos. Aliás, a curiosidade (ou a sede de aprender) é um diferencial que não deve ser perdido nunca, pois constitui uma das características fundamentais do profissional de sucesso. Só tenha o cuidado de escolher a hora certa para fazer suas perguntas, para não atrapalhar as atividades de quem vai responder."
Celso Dutra - gerente de Recursos Humanos do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola)

Perder tempo na internet (orkut, e-mail, MSN)
"Administre bem o seu tempo. Chegar antes e sair depois de todos não é sinônimo de dedicação e competência. Cuidado com o tempo perdido com e-mails e com a navegação na Internet. O estagiário deve se perguntar ao final de cada dia: "Eu dei lucro ao meu empregador hoje? Se a resposta for afirmativa, você está no caminho certo."
Tom Coelho - especialista em carreira e conteúdo motivacional

Fugir das responsabilidades

"Ao conversar com gestores de grandes empresas muitos deles reclamam da postura profissional de estudantes de universidades clássicas e conceituadas. No dia-a-dia no estágio, ele se comporta como se não precisasse se esforçar, imagina que a boa fama de sua universidade de origem seja suficiente. O estagiário, porém, deve ter claro que esta é a fase em que ele abrirá portas para o mercado. É preciso estar atento, aproveitar oportunidades e decidir com maturidade o que é mais importante em cada momento. O estudante não pode ser inconseqüente a ponto de executar mal uma tarefa, priorizar compromissos secundários ou simplesmente culpar outros pelos seus erros. Quem tem esse tipo de comportamento não se sustenta por muito tempo."
Carmem Alonso - psicóloga e coordenadora de treinamento para clientes do NUBE (Núcleo Brasileiro de Estágio)
Acessado em: http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?materia=15396 em 21/02/2008.

Qualquer dúvida, sugestão ou crítica envie para news_hospitalar@yahoo.com.br e serão atendidas na medida do possível. Até a próxima!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Produção de gestores

Olá galera, pegando embalo na cadeira de gestão da produção estou postando uma matéria que saiu na edição janeiro de 2008 da revista Você S/A. Além de muito legal tem tudo a ver com o curso. Boa leitura!

Produção de gestores

Chão de fábrica forma executivos de alto nível, capazes de gerir grandes equipes em cargos estratégicos da corporação.

Por GABRIEL PENNA

O administrador mineiro Samuel Maia, de 28 anos, é gerente de fábrica da Caterpillar. A multinacional produz máquinas industriais e agrícolas e fatura mais de 1 bilhão de dólares por ano no Brasil. Sob o comando do executivo, em Piracicaba, interior de São Paulo, há 450 pessoas. A equipe inclui engenheiros, administradores, técnicos e operadores que controlam insumos, peças e máquinas e resíduos da produção. Há dez anos na companhia, Samuel passou pelas áreas de compras e de planejamento, fez MBA, fala inglês e espanhol fluentemente e trabalhou na sede, nos Estados Unidos, por três anos. Mas decidiu deixar o escritório. “Sentia que faltava algo para impulsionar meu crescimento na empresa. Precisava ter essa visão do chão de fábrica, onde tudo acontece na prática”, diz.

O movimento feito por Samuel para fazer a carreira avançar vem se tornando comum nas empresas, principalmente naquelas cuja linha de produção é o coração do negócio, como os setores automotivo, metalúrgico e de mineração. “A produção hoje é uma escola. Quem tem sucesso nela transforma-se num gestor de alto nível”, diz Marcelo Braga, diretor da Search Consultoria, de busca de executivos, de São Paulo. Isso porque a fábrica não é mais o lugar onde um chefe durão dá ordens a operários com pouca escolaridade.

A competição global forçou a adoção de padrões de qualidade, tecnologia e produtividade nas plantas industriais brasileiras. Por isso, muitos executivos precisam sair do escritório para conhecer esse lado operacional. “Trabalhar só na parte administrativa pode dar uma visão distorcida do processo”, diz Marcelo. Já quem faz carreira na fábrica, ou se muda para lá, aprende a dominar a lógica da produção. Além disso, desenvolve a capacidade de liderar grandes grupos. O caso de Samuel é um bom exemplo. Na pesquisa de clima da empresa, seu estilo de liderança teve 96% de aprovação pela equipe. “Tenho feedback diário.”

MUDOU O PERFIL

Tantas mudanças na linha de produção transformaram o perfil do profissional. Hoje, o gerente ou supervisor de fábrica é atualizado em ferramentas sofisticadas de tecnologia empresarial, como SAP e ERP, e em modelos internacionais de gestão, como Seis Sigma e Lean Manufacturing, que reduzem custos e ajudam no acompanhamento dos indicadores de produção e performance. Na Caterpillar e na ArvinMeritor, indústria de componentes automotivos de Osasco, na Grande São Paulo, as equipes são autogerenciáveis, ou seja, os líderes das fábricas são responsáveis diretos por todos os aspectos da sua unidade de produção. Como se houvesse diversas minifábricas, eles controlam seus índices de custo, produtividade e clima. “Esse executivo sabe lidar com pressão imediata por resultados, pois na fábrica um minuto perdido significa prejuízo”, afirma Carlos Nosé, da Fesa, consultoria internacional de recrutamento para alta gerência, em São Paulo.

Na ArvinMeritor, 40% dos líderes de fábrica estão em um programa de formação de executivos. Chamado de plano de desenvolvimento de sucessores, ele enfoca a habilidade de gerir pessoas com palestras de consultores e subsídios à formação complementar. O investimento anual no projeto é de 600 000 reais. O resultado é que a empresa consegue preencher 90% dos postos de chefia com profissionais internos. Hoje, dos seus 25 gerentes e diretores, 22 foram formados lá dentro. “Meus sucessores vão estar melhor preparados que eu”, diz Antônio Carlos Rossi, de 52 anos, diretor-geral da unidade. Ele mesmo fez toda a carreira na produção até chegar a um cargo estratégico. “Hoje não basta ser um excelente técnico. Só promovemos os que têm capacidade de motivar pessoas”, diz.

ESCOLA DE LIDERANÇA

Os talentos selecionados na fábrica da Arvin aprendem a desenvolver ferramentas de medição do clima organizacional e se aprofundam em conceitos de motivação e comunicação. Hoje, com processos padronizados e enxutos, o entusiasmo da equipe pode ser uma vantagem importante para o negócio. “O diferencial de um chefe de produção é a capacidade de liderar profissionais diversos”, diz Marcelo Braga. Outro engenheiro da Arvin-Meritor, Francisco Ribeiro, de 47 anos, é um desses líderes formados no chão de fábrica. Depois de dez anos na linha de produção, onde chegou a comandar 200 pessoas, venceu um recrutamento interno e tornou-se gerente de vendas e serviços. “O conhecimento técnico do produto me ajudou a desempenhar a nova função. Explicar o que estou vendendo facilita a negociação”, diz Francisco. A experiência como gestor também influenciou a promoção. Ele se vê hoje como forte candidato a assumir a direção comercial da empresa por causa das experiências técnica, gerencial e do conhecimento do mercado. “A fábrica foi a base para o crescimento da minha carreira”, diz Francisco.

Acessado em: http://vocesa.abril.com.br/edicoes/0115/aberto/informado/mt_265555.shtml
em 13/02/2008.

Quem tiver alguma sugestão, crítica ou dúvida envie para news_hospitalar@yahoo.com.br que serão atendidas na medida do possível. Até a próxima!

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Sugestão recebida

Olá pessoal, como estão? Hoje vou publicar uma poesia de um autor chamado Marcus que me foi enviada e sugerida por e-mail. Achei a poesia muito legal e fiquei muito curioso para saber o sobrenome do autor, para que lhe possa ser dado os devidos créditos pela poesia. Estou publicando da maneira que recebi, apenas consertei alguns erros de ortografia. Boa leitura!

Memória de um óbito moribundo

Me chamo nada não sou ninguém
sou qualquer coisa
ou alguma coisa qualquer
meu numero de identidade e:
zero, zero, zero à esquerda.
meu numero de CPF é 063,
multiplicado por 934, vezes zero.
se, por algum acaso
decidires me procurar,
estarei sempre no mesmo lugar
não é na esquina, ou
becos e avenidas
não é bob pontes
em albergues ou asilo
... não! Estarei na margem, e a margem
de forma mais especifica
na lama, numa bosta
que ensistem em denominar de vida
mas, esse instinto animal me diz
que tudo que até agora fiz, foi errar
por essa desgraceira toda não suportar,
por vida isso não chamar
por neste mundo minha mãe dar à luz
e criar, por ter a cabeça (com xingamentos) reclinar
pelo fato de, com esse sistema
não concordar
de a consciência de alguns despertar
e ver que estamos mortos
não estou morrendo
sou (não sendo nada) um óbito
que escreve frases nojentas
que cheira mal, nas narinas
de quem se atrever
a apaixona-se e ler
o que já passou
pelas mãos de tantos magnatas
essa biografia desgraçada e
de desgraça que pode ser a sua
tem sido a minha, assim,
agente rima, o povo?
O povo se anima não sei, acho ser minha sina,
que nenhum santo no mundo pode mudar
quem me ver nessa nojeira
há de duvidar os comedidos
vão se escandalizar
mas a turba, a massa, o vulgo
certamente há de concordar
que a vida de cão, também é pra se cuidar.
que nós queremos o que esta neste mundo
e alguém poder dar
o que não é utopia nem tão pouco
um projeto inexeqüível
quero que o grito
embargado na minha garganta
exploda em seis continentes
em dez milhões de emissoras
em cem mil jornais ...
que os eternos fanais
de um pobre defunto
que era(não é mais)
nunca, jamais sejam esquecidos
droga! só quero que meu grito vôo
com asas de águia e som de furacão
na força de um tsunami
e como as bombas sobre Nagasaki e Hiroxima
Ecoem! Ecoem! Ecoem! Ecoem!
Ecoem! Ecoem!...

Autor: Marcus

Quem tiver alguma crítica, sugestão, dúvida ou saiba o sobrenome do autor desta poesia envie para news_hospitalar@yahoo.com.br e serão atendidas na medida do possível. Até a próxima!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Veja os 10 erros fatais em uma entrevista de emprego

Dica para aqueles que estão procurando uma vaga de emprego ou estágio depois do carnaval. Boa leitura!

Consultores dizem o que pega mal na conversa com o entrevistador

Por Lilian Burgardt

Você já parou para pensar que o seu sucesso numa entrevista de emprego pode depender de alguns detalhes? Uns pequenos, outros nem tanto assim. Às vezes, os erros cometidos pelos candidatos a uma vaga de trabalho são inacreditáveis. Uma roupa mal escolhida, uma frase dita fora de hora... Para ajudar você a ser melhor sucedido nas próximas seleções, o Universia consultou diversos especialistas em recrutamento e seleção que falaram, afinal, o que põe tudo a perder quando você está frente a frente com o entrevistador. Confira os dez erros fatais na entrevista de emprego!

Chegar atrasado

"Chegar atrasado numa entrevista, além de desorganização, demonstra que o candidato não está dando o devido valor à entrevista. A displicência com o horário mostra que você não priorizou tal compromisso em sua agenda. Além disso, fazer uma pessoa esperar é falta de respeito. Tempo é um recurso escasso, logo, deve ser bem aproveitado. Caso você, por algum motivo, atrase na entrevista, informe imediatamente o entrevistador. Verifique se é possível passar um candidato na sua frente, ou, se necessário, remarque a entrevista. Se você chegou no horário, mas tem compromisso para mais tarde o ideal é avisar o entrevistador de antemão. Não faça a entrevista na correria para não se sentir pressionado. Isso pode prejudicar seu desempenho."
Wander Mendes, professor e consultor na área de Gestão de Pessoas e Planejamento Estratégico da FGV-PR (Fundação Getúlio Vargas do Paraná).

Usar roupas informais demais

"Hoje em dia, os jovens são muito despojados. Na faculdade, não há nada de mal nisso. Agora, para a entrevista de emprego, não custa melhorar um pouco o visual. Isso não quer dizer que todo candidato a estágio ou jovem recém-formado deva vestir terno e gravata ou, no caso das meninas, tailer e scarpin. É preciso saber escolher a roupa e adequar o vestuário a cada tipo de empresa. Uma agência de publicidade, por exemplo, permite um visual mais informal. Agora, se a entrevista é para uma instituição financeira, é óbvio que o candidato terá de seguir a regra básica: esporte fino. Lembre-se: o que deve prender a atenção do entrevistador é o seu conteúdo e não a 'embalagem', portanto, jamais vá para a entrevista de chinelo, regata, roupa decotada, barriga aparecendo, saia curta ou short."
Marisa Silva, consultora de Recursos Humanos da Career Center

Não saber nada sobre a empresa ou o setor

"É muito comum que os candidatos partam para a entrevista de emprego sem saber sobre a empresa em questão ou sobre o setor em que ela está inserida, quando na verdade, ele deveria estar munido do maior número de informações possível. Se a empresa de recrutamento não divulgar qual é a companhia que está em busca de candidatos, ela deverá, ao menos, informar sobre o setor. Tem mais chance de sucesso o candidato que sabe se posicionar na entrevista porque domina o assunto trabalho, em detrimento daquele que não se deu ao trabalho de pesquisar mais sobre a empresa em questão. Sempre repito isso para meus alunos: informação nunca é demais."
Jaqueline Mascarenhas, consultora de carreira do Ibmec Minas Gerais

Expressar-se mal, com gírias e frases sem sentido

"O discurso mais adequado para uma entrevista é aquele em que o candidato consegue ser objetivo, responder as perguntas do entrevistador, expor seu ponto de vista quando é convidado a fazer isso e perguntar, com tato, detalhes sobre a vaga. No meio do caminho, porém, é muito comum que os candidatos façam uso de gírias e regionalismos na hora de tirar suas dúvidas. O linguajar é um detalhe importante, dependendo das expressões utilizadas, o discurso demonstra certa imaturidade do candidato. O ideal é responder as perguntas com calma, ter tempo para pensar e expor suas idéias com tranqüilidade. Este, aliás, é outro problema grave de muitos discursos. Tem candidato que fica tão nervoso na hora da entrevista que dispara a falar e quando percebe já mudou de assunto e não respondeu a pergunta do entrevistador. Isso é muito ruim, já que o ritmo da entrevista é um fator importante."
Marco Túlio Rodrigues Costa, professor de Aspectos Comportamentais Éticos de Gestão de Pessoas da FGV-BH (Fundação Getúlio Vargas de Belo Horizonte)

Mentir sobre suas qualificações

"Mentir na entrevista é o mesmo que dar corda para se enforcar. Inventar cursos, referências e pequenos sucessos colocam o candidato numa situação vulnerável porque, caso seja contratado, terá de sustentar essa inverdade por muito tempo. E como diz o ditado: mentira tem perna curta, hora ou outra seu deslize será descoberto. Aí o prejuízo será bem maior. Uma vez que seu superior descobrir que você não tem as habilidades destacadas na entrevista, perceberá que seu perfil não atende às necessidades da empresa, e mais, que errou ao apostar em sua seleção. Ao ser contratado, o indivíduo precisa ter claro que convenceu o recrutador de possuir determinadas competências. Ao mentir, não só estará provando que não as tem como atestará sua falta de caráter ao faltar com a verdade. Isso deixará o recrutador descontente duas vezes e poderá resultar em demissão comprometendo, inclusive, futuras recomendações."
Gustavo G. Boog, diretor da Boog Consultoria

Falar mal do emprego ou do chefe anterior

"Mesmo que esteja com raiva da empresa ou do chefe antigo, jamais fale mal deles na entrevista de emprego. Essa atitude é vista com maus olhos por 99,9% dos recrutadores. Na entrevista de emprego, o recrutador não está interessado em ficar por dentro de 'pendengas' cujas pessoas e razões ele simplesmente desconhece. Seu objetivo é investigar de que maneira seu perfil profissional e suas qualificações poderão ser úteis para a empresa. Caso você vá logo partindo para o discurso de que estava infeliz no emprego anterior porque seu chefe o perseguia, além de desviar o foco da entrevista, estará levantando questões que podem levar o recrutador a repensar sua contratação. Afinal, numa situação de conflito, é preciso avaliar a parcela de culpa de ambas as partes. Além disso, falar mal da empresa ou do antigo chefe revela uma postura antiética de sua parte, pois se tratam de segredos e detalhes de um negócio do qual você não faz mais parte. Mas, atenção: isso não quer dizer que você deva mentir, e sim, contornar a situação. Uma boa saída é dizer que saiu da empresa por estar em busca de novos desafios profissionais."
Maria Bernadete Pupo, gerente de Recursos Humanos da Unifeo e professora da FAC FITO

Disputar espaço com o entrevistador

"Para disfarçar o nervosismo, tem muita gente que acaba partindo para o ataque e disputando espaço com o recrutador durante a entrevista. Para driblar a insegurança, ele acaba querendo fazer pose de sabido a fim de triunfar sobre o recrutador. Isso tudo, porém, é muito mais que previsível para quem trabalha com Recursos Humanos. Aí, das duas uma: ou você perde a vaga porque o recrutador percebe sua insegurança por meio de uma postura imatura de quem está na defensiva, ou acaba sendo eliminado pela prepotência e o excesso de arrogância que esse comportamento demonstra. Por isso, não entre numa disputa direta com o recrutador. Espere, escute e, aí sim, faça suas considerações, sempre com humildade."
Mariá Giuliese, diretora-executiva da Lens Minarelli e especialista em análise e aconselhamento de carreira

Vangloriar-se de suas conquistas pessoais

"Na hora de 'vender seu peixe' ponha o ego de lado e não em primeiro lugar. O discurso não pode estar recheado de "eu fiz"; "eu consegui"; "eu conquistei"; e "eu realizei". Quando você coloca todas as conquistas em primeira pessoa pode soar presunçoso para o entrevistador. Até porque, na maior parte das empresas, os projetos e as realizações não são fruto do trabalho individual, mas sim, de uma equipe. Na hora de destacar seus feitos, procure valorizar sua participação em um projeto de sucesso implementado por uma equipe, e a partir disso, destaque como foi sua atuação para que ele fosse bem-sucedido. Lembre-se: egocentrismo não é uma característica admirada pelos contratantes. Para não cair nessa, vale treinar na frente do espelho. Olho no olho, com segurança no discurso. Um pouco de bom humor também ajuda. Existe uma tese que diz: quando você sorri, se desarma internamente e se torna mais receptivo."
Irene Ferreira Azevedo, professora de Liderança da BBS (Brazilian Business School)

Não perguntar nada durante a entrevista

"Não é porque você está fazendo uma entrevista que sua participação na conversa deve se limitar a responder o que o entrevistador pergunta. Por timidez ou insegurança, muita gente sai com dúvida da entrevista e isso é ruim. Caso o recrutador não mencione, é sua obrigação perguntar detalhes sobre a rotina de trabalho e benefícios. Porém, isso não significa que você deve incorporar o perguntador chato. Caso a explicação sobre a vaga não tenha sido suficiente para esclarecer suas dúvidas, pergunte com bastante delicadeza novamente: 'Desculpe-me, não ficou muito claro para mim'. Agora, se mesmo assim restarem dúvidas, deixe para outra ocasião. Perguntar sobre o salário não é uma coisa ruim, desde que você não se preocupe só em saber quanto será a remuneração. Procure se informar sobre outros detalhes para não mostrar que está interessado só no dinheiro."
Cristiane Cortez, consultora de carreira do IBTA Carreiras

Demonstrar desequilíbrio emocional

"Não é segredo para ninguém que o nervosismo pode atrapalhar, e muito, nos momentos decisivos. Na entrevista de emprego não poderia ser diferente. O candidato pode até ter o perfil ideal para a vaga, mas se deixar a tensão dominá-lo no momento em que precisa deixar claro suas qualificações, sua chance pode ir por água abaixo. O desequilíbrio emocional demonstrado pela insegurança e o nervosismo pode dizer ao recrutador que você não está pronto para assumir uma grande responsabilidade. Por isso, evite cometer erros como: levar um acompanhante para esperá-lo após a entrevista, inflar seu discurso com comentários negativos ou colocar-se em uma posição de vítima frente adversidades. Se você tem um bom currículo e suas características correspondem ao perfil da vaga, não há motivo para se preocupar."
Priscila Lara, consultora de Recursos Humanos do Grupo Foco

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