sábado, 9 de fevereiro de 2008

Sugestão recebida

Olá pessoal, como estão? Hoje vou publicar uma poesia de um autor chamado Marcus que me foi enviada e sugerida por e-mail. Achei a poesia muito legal e fiquei muito curioso para saber o sobrenome do autor, para que lhe possa ser dado os devidos créditos pela poesia. Estou publicando da maneira que recebi, apenas consertei alguns erros de ortografia. Boa leitura!

Memória de um óbito moribundo

Me chamo nada não sou ninguém
sou qualquer coisa
ou alguma coisa qualquer
meu numero de identidade e:
zero, zero, zero à esquerda.
meu numero de CPF é 063,
multiplicado por 934, vezes zero.
se, por algum acaso
decidires me procurar,
estarei sempre no mesmo lugar
não é na esquina, ou
becos e avenidas
não é bob pontes
em albergues ou asilo
... não! Estarei na margem, e a margem
de forma mais especifica
na lama, numa bosta
que ensistem em denominar de vida
mas, esse instinto animal me diz
que tudo que até agora fiz, foi errar
por essa desgraceira toda não suportar,
por vida isso não chamar
por neste mundo minha mãe dar à luz
e criar, por ter a cabeça (com xingamentos) reclinar
pelo fato de, com esse sistema
não concordar
de a consciência de alguns despertar
e ver que estamos mortos
não estou morrendo
sou (não sendo nada) um óbito
que escreve frases nojentas
que cheira mal, nas narinas
de quem se atrever
a apaixona-se e ler
o que já passou
pelas mãos de tantos magnatas
essa biografia desgraçada e
de desgraça que pode ser a sua
tem sido a minha, assim,
agente rima, o povo?
O povo se anima não sei, acho ser minha sina,
que nenhum santo no mundo pode mudar
quem me ver nessa nojeira
há de duvidar os comedidos
vão se escandalizar
mas a turba, a massa, o vulgo
certamente há de concordar
que a vida de cão, também é pra se cuidar.
que nós queremos o que esta neste mundo
e alguém poder dar
o que não é utopia nem tão pouco
um projeto inexeqüível
quero que o grito
embargado na minha garganta
exploda em seis continentes
em dez milhões de emissoras
em cem mil jornais ...
que os eternos fanais
de um pobre defunto
que era(não é mais)
nunca, jamais sejam esquecidos
droga! só quero que meu grito vôo
com asas de águia e som de furacão
na força de um tsunami
e como as bombas sobre Nagasaki e Hiroxima
Ecoem! Ecoem! Ecoem! Ecoem!
Ecoem! Ecoem!...

Autor: Marcus

Quem tiver alguma crítica, sugestão, dúvida ou saiba o sobrenome do autor desta poesia envie para news_hospitalar@yahoo.com.br e serão atendidas na medida do possível. Até a próxima!

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